Hoje iremos falar a respeito do Instituto de Infectologia Emílio Ribas (IIER) e como funciona a residência médica por lá. Essa é uma grande entidade brasileira de saúde pública que atua diretamente em pesquisas e tratamentos das patologias infecciosas. Com duas unidades situadas no estado de São Paulo, a instituição está localizada em bairros muito acessíveis para a população. O atendimento médico que o Instituto oferece, vale sublinhar, é completamente gratuito e voltado para o SUS (Sistema Único de Saúde).
Ao longo dos seus 228 anos de história, o Instituto sempre foi reconhecido nacionalmente por tratar da saúde de grupos sociais menos favorecidos. Desde o seu primeiro dia de funcionamento até os dias de hoje, o hospital lida com os piores casos de doenças infecciosas. Hoje em dia, é considerado o maior Instituto de Infectologia da América do Sul e, talvez, do mundo.
Muitas pesquisas e avanços da Medicina mundial foram desenvolvidos lá. Por isso, há muitos médicos que almejam fazer a residência médica nessa grande instituição de ensino. Você deseja fazer a sua residência médica no Instituto de Infectologia Emílio Ribas? Então, esse texto é perfeito para você! Continue por aqui para saber mais.
Devido ao grande número de epidemias e doenças infecciosas que assolavam a saúde da população brasileira no fim do século XIX, o governo do estado de São Paulo criou um grande centro de saúde para tratar de sua população. Depois de quatro anos de construção, o hospital foi inaugurado e utilizado como um hospital de isolamento. Assim, tornou-se popular e extremamente necessário na região.
Nos dois últimos anos da década de 1890, o Doutor Emílio Ribas começou a comandar o hospital e isso foi um grande diferencial para o progresso do centro de saúde. O médico trouxe muitas inovações e descobriu fatos importantíssimos sobre muitas doenças: por exemplo, ele fez experimentos e atestou que o mosquito Aedes Aegypti transmite a febre amarela e, por essa descoberta, foi capaz de curar muitos pacientes.
Após a sua morte, o hospital passou a se chamar Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Nos anos seguintes, o Instituto foi importante em vários momentos históricos, como no surto de varíola nos anos 60, na pandemia da AIDS/HIV nos anos 80 e agora na pandemia do vírus COVID-19. Além das duas unidades, o Instituto tem um museu (que está fechado para a reforma) que conta toda a sua história e seus feitos. Desde 2010, o museu é localizado no Instituto Butantan. É um verdadeiro tesouro brasileiro!
Desde 2013, o Instituto de Infectologia Emílio Ribas está passando por um processo de reformas para aumentar a quantidade de leitos e espaços para atender cada vez mais pessoas. Há previsão de que a construção esteja completa no ano que vem, 2022. Essas modificações na arquitetura do hospital vão possibilitar a melhoria dos serviços prestados aos cidadãos locais e vão aumentar a qualidade do ambiente de trabalho.
O Instituto de Infectologia Emílio Ribas trata exclusivamente de pacientes com doenças infecciosas. Sua estrutura é excelente! Há uma sala de terapia intensiva super equipada com aparelhos modernos, que foi projetada para respeitar os limites de isolamento de cada paciente. Ainda existem dois postos de enfermagem para a monitoração de todos os parâmetros vitais dos pacientes e diversas salas para atendimento e diagnóstico.
Tudo isso possibilita diagnósticos e tratamentos mais precisos e rápidos para o bem-estar das pessoas e o desenvolvimento do corpo médico. A agilidade tem se tornado um fator importante, porque ultimamente os números de pessoas infectadas por ISTs e tuberculose têm sido um motivo de enorme preocupação para o Instituto. Muitos jovens infectados, vale observar, buscam por tratamento nas unidades do Instituto.
Em 2020, a pandemia provocou caos e lotação no Instituto. Muitos leitos foram ocupados por pessoas infectadas pelo vírus da COVID-19. Para atender bem a população durante a pandemia, o hospital teve que fazer alterações em sua estrutura e readaptar a sua forma de operar. Isso gerou algumas instabilidades e alguns desafios. Mas, como sempre, o Instituto conseguiu fazer o seu trabalho com louvores.
Agora, em 2021, com os avanços da campanha de vacinação e a diminuição dos índices de infectados pelo COVID-19, a situação tem melhorado e os leitos do hospital não estão mais tão ocupados por pacientes infectados por esse vírus. Portanto, o Instituto está voltando aos poucos para o seu funcionamento normal, sem focar tanto no tratamento do coronavírus.
O Instituto de Infectologia Emílio Ribas foi a primeira instituição de saúde do Brasil a criar um projeto de residência médica direcionada exclusivamente para a especialização na área de Infectologia. Desde a década de 1970, o Instituto tem formado alguns dos melhores médicos infectologistas do Brasil e do mundo. O programa conta com o credenciamento e a aprovação do Ministério da Educação (MEC).
Geralmente, todos os anos, o Instituto costuma oferecer 20 vagas de residência e foi assim para o processo seletivo deste ano (2021). A residência dura três anos e o SUS-SP é o responsável pela prova de residência da instituição. O exame tem apenas uma fase, que é uma prova objetiva que contém cem questões; e o médico tem cinco horas para responder todas elas. Não há segunda etapa e nem análise curricular do candidato.
A inscrição teve o custo de R$150,00 e teve muitos inscritos. É uma prova muito concorrida, pois se trata de uma organização bem conceituada e respeitada nacional e internacionalmente, que viabiliza uma ascensão profissional e acadêmica para o médico residente. Não obstante, o conteúdo da prova também não é fácil! As questões são bem específicas; e o candidato tem que prestar atenção nos detalhes.
No final de cada jornada da residência médica no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, anualmente, formam-se, em média, quinze médicos especialistas em Infectologia. Esses profissionais saem da residência preparados para o mundo! Alguns não continuam trabalhando no Brasil e conseguem oportunidades de ouro em outros países. Outros não ficam em São Paulo e exercem a Medicina em diversos estados brasileiros. Porém, aqueles que continuam trabalhando no Instituto têm o privilégio de acompanhar de perto, contribuir e fazer parte da história desse ícone da saúde brasileira.
A concorrência para a residência médica no Instituto de Infectologia Emílio Ribas é bem alta. Em contrapartida, é a instituição que oferece mais vagas em Infectologia. São vinte vagas, enquanto algumas instituições oferecem apenas quatro. Além do mais, é de se esperar que vários médicos queiram uma vaga nesse Instituto tão relevante.
O número de candidatos só aumenta com o decorrer dos anos, porque no decurso dos três anos de residência médica no IIER o aluno aprende na prática como lidar com os diversos tipos de infecções que acometem o corpo humano. Analogamente, o residente é incentivado a aflorar e expandir o seu lado pesquisador, desenvolvendo protocolos de investigação e artigos científicos.
Além disso, o aluno tem a oportunidade de estagiar em lugares fora do estado de São Paulo e vai ter a oportunidade de solucionar vários casos clínicos que não existem na região Sudeste. A instituição reconhece que é importante que o infectologista tenha uma visão holística e global das patologias, porque só assim é possível compreender a origem e como ela afeta um determinado grupo social.
Por essas razões, o IIER é a primeira escolha para aqueles que procuram uma boa instituição para fazer a residência médica. O exame de 2021 é um grande exemplo do quanto essa instituição é requisitada e querida pelos médicos brasileiros e até mesmo por médicos estrangeiros. Para receber um ensino de tanta qualidade, vale a pena enfrentar a concorrência exorbitante.
A seleção de vagas no SUS acontece como um “leilão”. Significa que os candidatos que têm as melhores notas têm a oportunidade de escolher a instituição e vaga desejada primeiro que os candidatos que obtiveram menores notas. Tudo é organizado e distribuído de acordo com as notas! Como o IIRE é uma instituição muito concorrida, para conseguir uma vaga, você deve ter uma excelente nota de classificação.
Com essas informações, você já sabe o que vai enfrentar no processo seletivo da prova de residência médica no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, certo? Portanto, tente sempre estudar muito e focar em cada detalhe dos conteúdos. Lembre-se de que para ter ótimas oportunidades no mercado de trabalho, você tem que se especializar e ter um currículo recheado de habilidades.
Esse caminho é árduo e repleto de desafios, que vão exigir a ajuda das suas estratégias de estudos para serem superados. Mas nada é impossível e você vai se dar bem no exame de residência médica no Instituto de Infectologia Emílio Ribas e em todos os outros que você fizer, basta ter força e estudar bastante para dar tudo certo. Se dedique — e boa sorte para você!
Ah, e se você quer saber ainda mais sobre o assunto, é bom dar uma olhada no podcast Finalmente Residente. Nele, recebemos convidados que falam sobre suas vivências nas mais variadas residências e instituições do país! O mais interessante nisso tudo é que você pode ouvir a voz da experiência e conhecer os principais aspectos dessa etapa por meio de quem vive (ou viveu) com afinco a vida de residente. A Juliana Morás, por exemplo, contou um pouco pra gente sobre a residência no Instituto de Infectologia Emílio Ribas. Ela é fera, então, corre lá pra conferir!
E aí, você gostou do texto? Então, para se preparar bem para as provas de residência das instituições de ensino de São Paulo, conheça o Guia Estatístico do SUS-SP e o Guia Definitivo do SUS-SP. Também, para se preparar por completo, entre para a Academia Medway! Lá, o estudante encontra o apoio de que precisa com diversos materiais gratuitos e exclusivos. Igualmente, é válido participar do Intensivo São Paulo, que é nosso curso que ocorre a partir do meio do ano e traz conteúdo bastante direcionado às provas de São Paulo. Não perca essas oportunidades!
Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor
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